Saudações, cara comunidade.
O texto abaixo visa uma melhor jogabilidade no Stop.
Antes de começarmos, gostaria de deixar meus agradecimentos a quem fez e contribuiu para que este documento esteja hoje nesta plataforma.
Um imenso Obrigado à vocês; Qrda e Mizael, usuários da Sala de Jogos.
Nota: Este documento não é oficial, trata-se de regras e sugestões que podem usar ou não.

Introdução:

Para quem jamais ouviu falar no Stop, é um jogo que preza altamente a capacidade de pensar rápido e bem, existindo tanto na vida real como na Sala de Jogos.
Durante cada rodada do jogo, há um juiz (que não joga durante a rodada), e os outros jogadores. Esses últimos devem preencher os campos que aparecem com palavras que estejam numa determinada categoria que começa com uma letra específica. Por exemplo, mamífero com U, ator ou atriz com B, país com S, cidade com G.
O preenchimento dos campos deve ser feito num determinado tempo, definido pelo chefe de mesa (recomenda-se 75 segundos). Quando esse tempo acabar, o juiz da rodada analisa as palavras sugeridas pelos jogadores, atribuindo pontos a cada uma conforme achar justo (pelo menos num mundo ideal).
O propósito desta lista de regras é, justamente, orientar os juízes na hora de atribuir pontos, sugerindo situações em que 1 ponto, 2 pontos ou nenhum ponto deve ser atribuído ao jogador, com base principalmente na experiência, no senso comum e na lógica. Isso vai ser útil principalmente para juízes inexperientes.
No entanto, subentende-se que para toda regra há uma exceção, e que podem surgir situações extremamente específicas que não são cobertas por estas regras e que devem ficar pela responsabilidade do juiz.

Terminologia:

Nas regras abaixo, nós vamos usar a letra J para referir ao juiz da rodada em um dado momento; a letra K, para referir ao jogador que propôs uma determinada palavra; e X, para referir à uma palavra que foi proposta.
Por exemplo: em uma situação em que o juiz de uma determinada rodada se chamar Qrda, e o jogador Mizael propôr a palavra "urso", então J é Qrda, K é Mizael e X é urso.

As três regras básicas:

É conveniente introduzir primeiro as sugestões e regras mais básicas. São elas:

1. Regra de ouro: sempre que a palavra sugerida for considerada fácil, óbvia ou conhecida por J, ela vale apenas um ponto. Caso contrário, vale 2 pontos.
Esta regra é tão fundamental que, pode se considerar que grande parte das regras mais abaixo são apenas manifestações diferentes dela, funcionando também como complemento.
É claro que o que deixa de ser fácil e difícil, óbvio e não óbvio, conhecido e desconhecido vai depender da perspectiva de J. Essa, é uma verdade básica da vida, felizmente ou infelizmente.

2. Regra de prata: a distribuição de pontos com base no favoritismo não deve ser permitida. Em outras palavras: J deve evitar, a todo custo, favorecer seus amigos, amigas e interesses amorosos.
J também deve evitar desfavorecer de propósito aqueles que odeia, desrespeita ou que simplesmente não estão dentro de seu círculo privilegiado.
É igualmente inadmissível o favorecimento ou desfavorecimento com base em gênero, religião, partido ou inclinação política, crenças, idade, raça, nacionalidade, time de futebol, ou qualquer outro grupo do qual faça parte J, K, ou qualquer outro jogador.

3. Regra de bronze: se não sabe, ou se não tem certeza se X é uma palavra válida, J deve conversar com K e pesquisar no Google, o que geralmente leva poucos segundos. Por exemplo, se a palavra X for Gandalf, mas J não souber que existe um personagem de história chamado Gandalf, J deve pesquisar no Google para conferir.
O mesmo vale para personalidades públicas, celebridades como atores e atrizes, influencers, séries, animais, marcas de roupa, etc.

Outras regras:

A maior parte destas regras foram criadas para atender a casos mais específicos, e admite-se que são mais flexíveis do que as três regras básicas. São elas:

4. Usuário da sala de jogos: fácil demais; basta teclar control+w (no computador) e preencher X com o primeiro nome que comece com a inicial proposta pelo jogo. Por esta razão, automaticamente nomes de usuário valem apenas um ponto, sem discussão.
Adendo 1: se não houver nenhum usuário conectado na Sala de Jogos cujo nome comece com a inicial especificada, sugere-se que J dê um ponto a todos os jogadores, mesmo que não tiverem escrito nada. Mesmo que eles tivessem escrito algum suposto nome de usuário, não seria possível provar que esse usuário realmente existe.
Adendo 2: nomes de usuário que estiverem, nesse momento, jogando na mesma mesa que J, devem ser rejeitados. Supondo, por exemplo, que seja solicitado um nome de usuário com M, e um usuário chamado "Mizael" esteja na mesma mesa que J, a palavra "Mizael" seria rejeitada, com base na óbvia falta de esforço demonstrada por K.
Adendo 3: complementando o adendo 2, se for solicitado um nome de usuário que começa com uma determinada letra, e só existir um único usuário conectado que comece com essa letra, e este usuário por acaso está na mesma mesa que J, 1 ponto deve ser considerado. Um exemplo de situação seria se o jogo pedisse um usuário com Q. Suponhamos que X seja Qrda, mas o único usuário conectado com essa letra, Qrda, está na mesma mesa que J.

5. Lá é onde eu moro: se o jogo solicitar um país que comece com uma certa letra, e X for o nome do país em que K mora, a proposta deve ser rejeitada. Mesma coisa para capitais, cidades, estados. Um exemplo de situação é quando X for Brasil, e o país em que K mora é Brasil, demonstrando mais uma vez a óbvia falta de esforço.
Exceção: admite-se que nomes de países são muito mais limitados do que nomes de estado, cidade, ou capital. Portanto, se X for um país em que K mora, mas X for o único país que começa com essa letra, a pontuação pode ser distribuída normalmente.

6. Vingança dos antigos: para nome de países, cidades, profissões, animais etc... são aceitáveis nomes de coisas que não mais existem mas já existiram no passado, assim como sinônimos para a mesma coisa, ou nomes mais antiquados para a mesma coisa.
Exemplo 1: Suméria, Pérsia, Constantinopla, Jugoslávia, Tchecoslováquia. São países ou cidades que já existiram, que foram incorporados ou emendados com outros países, ou que ainda existem mas com outro nome.
Exemplo 2: corsário, samurai, cavaleiro. São profissões que já existiram, mas não existem mais.
Exemplo 3: escarlate versus vermelho, castanho versus marrom, negro versus preto. São sinônimos para a mesma coisa, e portanto aceitáveis.

7. Estrangeirismo: com exceção de nomes próprios, sugere-se a rejeição completa a palavras que vêm de outro idioma diferente do falado por J e K. Por exemplo, em cor com B, blue seria inaceitável.
Exceção: se, pela simples estrutura do idioma falado por J ou K, inexistir uma única palavra que comece com a letra especificada, uma palavra estrangeira é aceitável e até pode valer dois pontos. Usando mais uma vez o exemplo da cor: não há nenhuma cor com Y no português, então yellow é aceitável.

8. Flexibilidade da categoria: quanto às certas categorias de palavras, o juiz pode considerar as seguintes sugestões:
Em biomas, podem ser considerados nomes de montanhas, florestas, rios, mares e desertos, e até regiões dentro de um país que não sejam consideradas estados ou províncias mas que, mesmo assim, são regiões geográficas de alguma forma.
Em animal doméstico, são considerados também animais de fazenda como boi, galinha e cabra, assim como animais que no passado já foram domesticados com sucesso.
Em animais no geral, podem ser consideradas espécies do animal como, por exemplo, Pastor Alemão, Poodle, e Bulldog. No entanto, só valem um ponto.
Em roupas, comidas, bebidas e veículos, podem ser consideradas marcas ou empresas que fabricam roupas, veículos, comidas e bebidas. No entanto, só valem um ponto.
Em objetos de decoração, podem ser considerados aqueles que decoram o corpo, como colares, anéis, e pulseiras.
Em software de computador, podem ser considerados os jogos de computador. No entanto, só valem um ponto.
Em comida, admitem-se frutas e verduras. No entanto, como estas já possuem categoria separada e são já muitas, valem apenas um ponto.
Em série, admitem-se animes e outros desenhos animados, sendo, por definição, mídias de entretenimento serializadas em temporadas e episódios. No entanto, só valem um ponto, por já possuírem categoria própria e muito grande. Exatamente a mesma lógica se aplica para nomes de Anime e personagens de anime na categoria de desenho animado.

9. Justiceiro da gramática: uma palavra que for escrita erradamente pode ser aceitada, desde que ainda comece com a letra especificada. O mesmo vale para nomes próprios.
Adendo: se a palavra escrita for válida mas não começar com a letra solicitada, pode se considerar, em certas situações, que o sintetizador de voz usado por K não distinguiu certas letras de outras, algo que K não tem culpa nenhuma de ocorrer. Por exemplo, os sintetizadores portugueses não distinguem entre C forte, K e Q; entre G fraco e J; entre X e ch; ignoram H quando é a primeira letra; etc. Nesses casos, K pode receber um ponto, mas não dois.

10. Aonde é esse cara: se numa dada categoria, K sugerir um nome de ator, atriz ou personagem que for válido, mas K nem mesmo souber em que filme, série, desenho, anime, livro, jogo... é que o personagem, ator ou atriz está presente, K ganha apenas um ponto. O mesmo vale para apresentadores de televisão, mas nesse caso, K precisa fornecer o nome do programa.
11. Principal é fácil: não importa em que história participa o personagem; se K sugerir o nome dele, e ele for um personagem principal e altamente visível, ganha apenas um ponto. Para protagonistas é ainda pior; se X for o protagonista em si, K não ganha nenhum ponto.
12. Purismo: se um personagem de filme sugerido por K realmente aparecer nesse filme, mas o filme é apenas uma adaptação de outra mídia de entretenimento (como, por exemplo, livro), K ganha apenas um ponto. Por exemplo, dizer que Hermione Granger é uma personagem de filme não é incorreto; no entanto, o filme é uma adaptação da mídia original, o livro. A mesma lógica se aplica para qualquer outra mídia, não só para filmes.
Exceção: considerando que a maioria dos animes mais populares e conhecidos são adaptações de mangás preexistentes, sugere-se que J ignore esta regra para esse tipo de mídia.

13. Outra vez, não: se X for uma palavra que K ou outro jogador já propôs anteriormente na partida, K só ganha um ponto, independentemente de outros fatores.
Adendo 1: mesmo que K ou outro jogador não tenha proposto X na partida atual, J ainda pode dar um ponto se for óbvio que K se lembrou dessa palavra justamente por a ter utilizado em outras partidas em que J estava presente. Isso desencoraja os jogadores a repetir sempre as mesmas e mesmas propostas.
Adendo 2: mesmo que K ou outro jogador não tiver, tecnicamente, proposto X nesta partida, é necessário examinar o contexto, porque X ainda pode estar obviamente relacionada a uma palavra anteriormente sugerida. Por exemplo, suponhamos que, em cidade com P, Pretória foi uma proposta feita anteriormente na partida. Agora, K sugere a palavra África do Sul para país com A. Neste caso, é evidente que K se lembrou de África do Sul apenas por causa de Pretória, sendo a capital executiva do país.

Conclusão:

É bom lembrar que as regras aqui documentadas não são bem regras, mas sugestões de regras. Cada juiz pode e deve decidir quais regras aprova e quais regras desaprova, incorporando as que sobrarem na hora de julgar as propostas.
Todas as regras aqui foram pensadas com o intuito de deixar o jogo sempre mais interessante, justo e ao mesmo tempo desafiador, obrigando os jogadores a puxarem mais pela cabeça. Novas regras poderão ser adicionadas e atualizadas sob demanda.